Supervisão em psicanálise

A prática de psicanalisar alguém requer do profissional que conduz o processo que ele esteja bem equipado, do ponto de vista pessoal e teórico.

O treinamento pessoal

Do ponto de vista pessoal, Freud foi taxativo de que a prática da psicanálise se aprende no divã.

Primeiro porque é só nele que o aspirante à analista pode se convencer da existência do inconsciente tendo a si mesmo como objeto de observação.

Segundo porque a própria personalidade do futuro analista, caso não tenha passado por uma purificação acerca de seus pontos-cegos, impedirá que ele compreenda o que o paciente lhe diz.

Além do que, o manejo adequado da transferência é algo extremamente difícil e levará a melhor o analista que conhecer seus próprios pontos fracos.

A supervisão

Além da análise pessoal, a supervisão compõe o rol de tarefas que um aspirante a analista deve providenciar para se equipar adequadamente para analisar alguém.

Nela, o aspirante discute seus casos com um analista com mais tempo de experiência  e que consequentemente carrega em sua bagagem profissional a condução de muitos casos. Esta prática pode ser considerada um treinamento tanto no sentido do aprimoramento pessoal (embora não substitua a análise) quanto teórico.

No aspecto pessoal, o supervisor, mediante a leitura da transcrição de uma sessão, conseguirá ajudar o aprendiz a enxergar possíveis pontos-cegos seus que estão dificultando a escuta correta do inconsciente do paciente. Mas, importante ressaltar, estes complexos localizados pelo supervisor deverão ser tratados na análise e não na supervisão!

Aprimoramento teórico

No aspecto teórico, a supervisão também servirá para que o aprendiz aprenda a reconhecer e a operar com os pilares conceituais da psicanálise em sua clínica.

Assim, será função também da supervisão que ele aprenda a localizar no material clínico as manifestações da transferência, da resistência e consequentemente do recalque.

Aprimoramento técnico

No quesito da técnica, o terapeuta aprenderá ainda na supervisão a construir um setting analítico adequado para que o inconsciente se revele, bem como a trabalhar com os elementos fundamentais deste, sendo eles, o tempo da sessão, a questão do pagamento, as faltas e férias e, por fim, a operar com os fatores transformativos na análise tais como a interpretação e a construção analítica.

Público Alvo – Supervisão em Psicanálise

Se você é terapeuta e atende na região de Ribeirão Preto e está interessado em aprender como trabalhar com a abordagem psicanalítica em sua clínica, estou à disposição para recebê-lo(a).

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